"Roque Choi - Um Homem dois sistemas"
16. Nov. 2015
Apresentação
do livro de Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho “Roque Choi – Um Homem dois
sistemas”
1. Elogio
aos autores
Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho
são dois autores que têm dedicado a sua vida a estudar e a escrever sobre
Macau.
Não sou capaz de, num intervalo de tempo
moderado, vos dar uma ideia da extensão e do valor da sua obra publicada.
Valha-nos a circunstância de a maioria dos presentes os conhecerem e apreciarem
o extenso e magnífico resultado do seu labor.
De ora ávante - peço-vos - livrem
deste embaraço quem estiver neste lugar. Além dos índices e da bibliografia,
abdiquem da vossa natural modéstia e incluam sempre a lista das vossas obras
publicadas.
O livro “Roque Choi – Um Homem dois sistemas” é um
trabalho valiosíssimo. Feito com paciência e persistência beneditina, os
autores entretecem, numa entrevista
inédita de Roque Choi ao jornalista José Pedro Castanheira, biografias,
monografias de instituições, peças do património construído, acontecimentos,
enfim, Macau, dos finais do século XIX aos finais do século XX. O livro é,
assim, uma enciclopédia de Macau que brotou da boca de um ilustre filho de
Macau: Roque Choi.
José Pedro Castanheira designa-o,
aliás, por “enciclopédia viva da história recente de Macau.
2.
Estrutura do livro
Cap. I: Entrevista inédita de Roque
Choi ao jornalista José Pedro Castanheira, em 1999 (pp. 7 – 100).
Cap. II: Biografia de Roque Choi, de
autoria de Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho (pp. 101 – 168).
Cap. III: Testemunhos (de várias
personalidades) (pp. 169 – 207).
3.
Roque Choi
Ao contrário da ideia de muitos
portugueses do seu tempo, Roque Choi não tinha sangue português.
A forte ligação de Roque Choi a
Portugal a aos portugueses já vinha de seu pai, Joel José Choi (Anok) que viveu
em Portugal durante nove anos, ao serviço da Marinha de Guerra portuguesa (ca.
1894-1903).
Em Portugal, teve um filho, de mãe
portuguesa, nascido em 1899: José Choi (Anok).
Regressado a Macau, Joel José
Choi (Anok) serviu como Fiel do Palácio
de Governo durante 35 anos.
Em 19 de Setembro de 1920, nasceu o
seu último filho: Roque Choi.
Faleceu em 19 de Janeiro de 2006.
Viveu uma vida intensa que pulsa nas
páginas do presente livro.
4.
Conclusão
Sobre Roque Choi, escreveu Abílio Dengucho no seu depoimento para este
livro: “Sem Roque Choi, a História de
Macau e da administração portuguesa no Território não se escreveria da mesma
forma e talvez não tivesse um final tão feliz”.
Eu acredito que, tanto ou mais que os padres
da Missão Portuguesa de Pequim, na Côrte Imperial da China, Roque Choi foi o
maior construtor de pontes, de entendimento e amizade, entre chineses e
portugueses do nosso tempo.
Leiam o livro “Roque Choi
Um Homem dois sistemas”.
Vale a pena!
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