Wednesday 20 October 2021


"Roque Choi - Um Homem dois sistemas"

16. Nov. 2015

Apresentação do livro de Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho “Roque Choi – Um Homem dois sistemas”

 

1.    Elogio aos autores

 

Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho são dois autores que têm dedicado a sua vida a estudar e a escrever sobre Macau.

 

Não sou capaz de, num intervalo de tempo moderado, vos dar uma ideia da extensão e do valor da sua obra publicada. Valha-nos a circunstância de a maioria dos presentes os conhecerem e apreciarem o extenso e magnífico resultado do seu labor.

 

De ora ávante - peço-vos - livrem deste embaraço quem estiver neste lugar. Além dos índices e da bibliografia, abdiquem da vossa natural modéstia e incluam sempre a lista das vossas obras publicadas.

 

O livro  “Roque Choi – Um Homem dois sistemas” é um trabalho valiosíssimo. Feito com paciência e persistência beneditina, os autores  entretecem, numa entrevista inédita de Roque Choi ao jornalista José Pedro Castanheira, biografias, monografias de instituições, peças do património construído, acontecimentos, enfim, Macau, dos finais do século XIX aos finais do século XX. O livro é, assim, uma enciclopédia de Macau que brotou da boca de um ilustre filho de Macau: Roque Choi.      

 

José Pedro Castanheira designa-o, aliás, por “enciclopédia viva da história recente de Macau.

 

 

2.    Estrutura do livro

 

Cap. I: Entrevista inédita de Roque Choi ao jornalista José Pedro Castanheira, em 1999 (pp. 7 – 100).

 

Cap. II: Biografia de Roque Choi, de autoria de Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho (pp. 101 – 168).

 

Cap. III: Testemunhos (de várias personalidades) (pp. 169 – 207).

 

3.    Roque Choi

 

Ao contrário da ideia de muitos portugueses do seu tempo, Roque Choi não tinha sangue português.

 

A forte ligação de Roque Choi a Portugal a aos portugueses já vinha de seu pai, Joel José Choi (Anok) que viveu em Portugal durante nove anos, ao serviço da Marinha de Guerra portuguesa (ca. 1894-1903).

 

Em Portugal, teve um filho, de mãe portuguesa, nascido em 1899: José Choi (Anok).

 

Regressado a Macau, Joel José Choi  (Anok) serviu como Fiel do Palácio de Governo durante 35 anos.

 

Em 19 de Setembro de 1920, nasceu o seu último filho: Roque Choi.

Faleceu em 19 de Janeiro de 2006.

 

Viveu uma vida intensa que pulsa nas páginas do presente livro.

 

 

4.    Conclusão

 

Sobre Roque Choi, escreveu  Abílio Dengucho no seu depoimento para este livro: “Sem Roque Choi, a História de Macau e da administração portuguesa no Território não se escreveria da mesma forma e talvez não tivesse um final tão feliz”.

 

Eu acredito que, tanto ou mais que os padres da Missão Portuguesa de Pequim, na Côrte Imperial da China, Roque Choi foi o maior construtor de pontes, de entendimento e amizade, entre chineses e portugueses do nosso tempo.

 

Leiam o livro  “Roque Choi  Um Homem dois sistemas”.

 

Vale a pena! 

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